Há algum tempo não tão distante, as famílias
tinham em suas residências um reservatório – pote de “barro” ou moringa – para
manter a água de beber mais fresca. Hoje, com as facilidades de aquisição de
uma geladeira deixaram de ser usados para esse fim.
Todavia, ainda se encontra o filtro cerâmico –
chamado por muitos de filtros de “barro”. Na verdade não são de barro, mas de
cerâmica à base de argila (material criado a partir do barro, usado para a
confecção de utensílios e objetos de decoração). Uma das diferenças entre barro
e argila está relacionada com a quantidade de matéria orgânica presente nesta.
Os tais potes tem a propriedade de conservar
a água a uma temperatura menor do que a do ambiente, tornando-a mais agradável
para ser saboreada.
Filtro de Barro |
Afinal, qual seria o segredo do pote ou
filtro para manter a água mais fresca?
Quando ocorre a mudança da água do estado
físico para o estado de vapor, ela se processa com absorção de grande
quantidade de energia. Neste caso o pote tem que ceder calor e isso leva a uma
diminuição na temperatura da água.
Em outras palavras, os filtros cerâmicos ou
potes de “barro” possuem pequenos orifícios (poros) que permite a passagem da
água para a superfície externa, propiciando o fenômeno da evaporação (mudança
do estado líquido para gasoso). A passagem do estado líquido para o gasoso é um
processo no qual ocorre absorção de energia, isto é, o calor é retirado do pote
e da água em seu interior. A retirada do calor diminui a temperatura
gradualmente da água, tornando-a mais agradável para ser consumida.
O resfriamento produzido depende de várias condições,
citando uma delas, podemos fazer referência a temperatura do ambiente, ou seja,
quanto mais quente está o ar ao redor do pote mais intenso será o fenômeno de
evaporação do líquido e por isso mais fria ficará a água na parte interna do
reservatório.
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