quarta-feira, 3 de abril de 2013

A água esfria num pote de barro?

Há algum tempo não tão distante, as famílias tinham em suas residências um reservatório – pote de “barro” ou moringa – para manter a água de beber mais fresca. Hoje, com as facilidades de aquisição de uma geladeira deixaram de ser usados para esse fim.
Todavia, ainda se encontra o filtro cerâmico – chamado por muitos de filtros de “barro”. Na verdade não são de barro, mas de cerâmica à base de argila (material criado a partir do barro, usado para a confecção de utensílios e objetos de decoração). Uma das diferenças entre barro e argila está relacionada com a quantidade de matéria orgânica presente nesta.
Os tais potes tem a propriedade de conservar a água a uma temperatura menor do que a do ambiente, tornando-a mais agradável para ser saboreada.
Filtro de Barro
Afinal, qual seria o segredo do pote ou filtro para manter a água mais fresca?
Quando ocorre a mudança da água do estado físico para o estado de vapor, ela se processa com absorção de grande quantidade de energia. Neste caso o pote tem que ceder calor e isso leva a uma diminuição na temperatura da água.
Em outras palavras, os filtros cerâmicos ou potes de “barro” possuem pequenos orifícios (poros) que permite a passagem da água para a superfície externa, propiciando o fenômeno da evaporação (mudança do estado líquido para gasoso). A passagem do estado líquido para o gasoso é um processo no qual ocorre absorção de energia, isto é, o calor é retirado do pote e da água em seu interior. A retirada do calor diminui a temperatura gradualmente da água, tornando-a mais agradável para ser consumida.
O resfriamento produzido depende de várias condições, citando uma delas, podemos fazer referência a temperatura do ambiente, ou seja, quanto mais quente está o ar ao redor do pote mais intenso será o fenômeno de evaporação do líquido e por isso mais fria ficará a água na parte interna do reservatório.

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